"Poucos são os que vivem no presente: a maioria se prepara para viver mais tarde." — Jonathan Swift
Qualquer que seja a época, o motivo de os seres vivos virem ao mundo material — ou se preferir: ao planeta Terra — é experimentá-lo, viver experiências de bem-estar do meio físico e psicológico só possíveis estando encarnado.
Para o ser humano, essas experiências de bem-estar são proporcionadas pelas interações que fazem entre si e com o meio-ambiente.
As estamos realizando quando nos concentramos na respiração, quando meditamos, quando participando de algum evento social, praticando esporte ou aventura, viajando, comendo gostosuras, bebendo bebidas recreativas, orando, fazendo sexo.
Tudo isso com atenção plena (mindfullness) no momento em que a experimentação se dá.
Há, sim, quem o trabalho proporciona prazer. E de igual modo, quem se apraz ao gastar ou acumular dinheiro ou riquezas; quem ao acariciar animais ou plantas; quem procura contato com coisas antigas para desfrutar do sentimento de nostalgia.
É bom lembrar que nostalgia é diferente de saudade. Saudade é um sentimento negativo, deve ser evitado, uma vez que prende a pessoa ao passado, de forma a lhe deixar aflita devido à incapacidade de fazer voltar tal época. Nostalgia é uma força proporcionadora de bem-estar poderosa, que o indivíduo pode usar para, inclusive, moldar o seu presente.
A nova consciência exige que seja notado e admitido que só precisamos para ser feliz e saudável estar a sentir bem-estar. E tudo do que foi listado para se estabelecer esse estado de espírito está ao alcance de todos nós, sendo gratuíta a maioria dos itens.
Assimilar que procedimentos que não foram listados são necessários à essa condição é corromper as próprias chances de ser feliz e saudável e se pôr nas mãos de outros, permitindo que eles determinem como será a vida de quem lhe dá as rédeas.
E outro axioma dessa doutrina é viver inteiramente no presente, usufruindo de cada instante vivido e só lidando e crendo naquilo que está acontecendo. Quando vivemos no passado, perdemos o trem da história porque estamos com o foco no que não está acontecendo na realidade material, embora esteja na realidade que a memória constrói, mas, costuma-se tratar como recordação apenas e se entrar no status de angústia. Somos o que sentimos.
Um exemplo disso é quando tomamos conhecimento através de jornais, rádio ou televisão de um fato e damos total importância a ele. Ou seja: para nós, é um fato que não está acontecendo, a não ser que estejamos inseridos nele. E o que a imprensa informa, ainda que ao vivo, já é passado. Os jornais sempre reportam o que já aconteceu.
Verifique por você mesmo: até você pronunciar sobre algo que presencia, a parte pronunciada já aconteceu. Que nem é com a luz das estrelas. Quanto mais se tivermos que transmitir por meio de algum equipamento de transmissão ou, pior ainda, por meio impresso.
Certo dia, no parque, um amigo veio ao meu encontro desabafar.
— Eu quero sumir.— Ele disse, enquanto eu jogava comida para os patos.
— Fugir da rotina, quebrar as regras, ver as belezas do mundo, ficar sozinho.
— E o que te impede? — Perguntei voltando meu olhar a ele.
— Eu.
(Diálogo anônimo)
O eu interior e que não deixa ver a blz das coisas,e prende a atenção nas coisas pesados
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