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quarta-feira, 30 de março de 2022

O gostoso mundo dos álbuns de figurinhas

Finalizado no Youtube a demonstração dos álbuns de vinil do acervo Brechó dos Vítor, vamos dar a vez aos álbuns de figurinhas.

A palavra "álbum" tem sua etimologia ligada aos antigos romanos, que em uma tábua ou painel em branco transcreviam e expunham à leitura pública frases comemorativas, éditos dos pretores, posturas, anúncios etc. (FONTE: Dicionário Priberam)

Figurinhas para agendas.

Essa ideia evoluiu. E hoje as tábuas ou painéis em branco viraram livros, cadernos, agendas, folhas de cartolina, mídias de armazenamento (CD, DVD, HD, pendrives, cartões de memória) ou qualquer superfície onde se pode fixar organizadamente registros como fotografias, vídeos, músicas, escritos.

Até nos aros das bicicletas já foram parar desses registros. É o que acontecia com as chapinhas metalizadas repetidas do álbum Chapinha de Ouro de 1974.

Ilustrando os pavilhões da Feira Mundial de Comércio, as primeiras figurinhas — também conhecidas como cards ou cromo — datam de 1867. A Litografia Bognard, de Paris, foi a editora pioneira.

Cartão de cigarro.

Amostra da embalagem
do cigarro Marquis de Lorne.

Logo, surgiram os cards do cigarro Marquis de Lorne, as imagens de tabuleiro usadas em 1879 nos Estados Unidos para reforçar os maços de cigarro da mesma marca. (FONTE: Collectibles.)


Os irmãos Umberto e Benito na banca da família, em 1940.

Em 1961, os irmãos italianos Giuseppe e Benito Panini, donos de banca de jornal, lançaram o primeiro álbum de figurinhas colecionáveis. Ele ilustrava os times e jogadores do Campeonato Italiano de Futebol. 

Popularizava-se com isso o hobby de colecionar cromos de todos os temas e iniciava-se ali uma tradição que se tornou marco das copas do mundo.

No Brasil, embora colecionar figurinhas seja um dos passatempos mais divertidos e saudáveis para crianças e adultos, o costume iniciou-se com um matarrato. Em 1895, a fábrica paulista França & Mursa lançou, como parte das embalagens de seus cigarros baratos, a série de ilustrações "Marinha Brasileira".

Passou pela publicação da tabacaria Estrela de Nazareth, na qual a bandeira de um país era a ilustração de cada uma das 60 figurinhas.

E ganhou o gosto popular em 1925, quando para se fixar no mercado a Eucalol lançou um álbum e quem comprava uma caixa com três sabonetes levava de brinde três figurinhas.

As estampas Eucalol viraram música na voz e violão do cantor baiano Xangai.

E pelas "Balas futebol" da indústria A Americana Ltda, que teve a ideia de embalar figurinhas com o rosto dos jogadores da Copa de 1950, sediada pelo Brasil.

Na transição dos anos 1960 para a década seguinte surgiram os álbuns de prêmios. Completar páginas de álbuns de figurinha passou a significar contemplar prêmios pela façanha.

O "Tigrão da sorte" foi o meu favorito. Nas páginas do livro "Os meninos da Rua Albatroz" há uma cutucada nas editoras de outrora, que faziam os colecionadores imaginarem que era possível completar as páginas que continham as melhores premiações, porém, se levantava bastante suspeitas se era mesmo. Às vezes comprávamos em localidades diferentes produtos contendo colecionáveis para verificar se por lá se via algo diferente.

Os pacotes de figurinhas tinham lá o seu frisson. Agrupados e presos em gomas de borracha à espera de serem retirados aleatoriamente pelo jornaleiro na hora da compra de um colecionador faziam a gente desejar que o vendedor tivesse mão boa.

Mesmo quando o pacote era a própria embalagem do produto promovedor da coleção.

Uma memória boa também é fazer grude com farinha de mandioca ou de trigo para colar as figurinhas nos álbuns. Os cromos autocolantes acabaram com essa farra, que ficou limitada à produção de pipas. As colas Cascolar e Tenaz, que se pedia muito nas listas de material escolar, passaram a serem esquecidas nas férias.

No acervo dos Vítor restaram três álbuns de figurinhas. Apenas os que foram lançados na época ou após a época em que aflorou na família a intenção de guardar para a posteridade objetos que pertenceram ao cotidiano dos Vítor. Graças à Deus, boa parte dos álbuns que os Vítor preencheram foram encontrados pela internet à fora no formato digital.

Os heróis da resistência foram os álbuns "Galeria Disney",  Versão de 1982 do álbum de 1976 da Disney, que introduz a personagem Biquinho, o sobrinho do Peninha, criado pelo brasileiro Waldyr Igayara.

Biquinho apareceu apenas em traço na revista Mickey número 353. Um concurso envolveu os leitores da revista para decidir as cores do pato antropomorfizado.

"Ping Pong na Copa 82". Registro bem apanhado da Copa da Espanha de 1982. A moçada da época enjoou de mascar chiclete para encontrar as figurinhas.

A seleção de Telê Santana foi à Vila Olímpica do Clube Atlético Mineiro treinar. Nisso, pintou oportunidade para que os meninos do bairro onde se localiza o antigo campo de treinamento preenchessem cadernos com autógrafos de todo o escrete. O do Zico foi parar na respectiva página do álbum do acervo dos Vítor.

E, por fim, "O retorno do Jedi". Álbum de figurinhas de 1983, cujos cromos contém cenas do filme "Guerra das Estrelas: O retorno de Jedi", que fez estrondoso sucesso nos cinemas de Belo Horizonte no mesmo ano.

E são eles que irão nos refrescar a memória para apresentar no Youtube as curiosidades sobre o segmento cultural e os prazeres que eram experimentados quando se dedicava a colar figurinhas — os chamados cromos — nas páginas dos livros ilustrados. Ambos os impressos geralmente se comprava em banca de jornais, embora tenha havido um tempo em que uma mercearia era uma das opções de comércio.

Inscreva-se em nosso canal do Youtube para acompanhar esta postagem em vídeo e as demais publicações baseadas nela que virão.

domingo, 13 de março de 2022

A volta do disco de vinil

O disco de vinil está de volta. A indústria alega que atendeu a vontade dos saudosistas, dos colecionadores e daqueles que afirmam que a qualidade sonora do artigo é melhor do que a das mídias digitais.

No entanto, não é de se esperar retrocesso – no sentido de voltar a um processo que foi obsoletado – da indústria com esses argumentos. É argumento mais coerente declarar que o potencial para pirataria que têm as mídias digitais tira o ganha pão dos fabricantes e dos artistas.

O importante mesmo é poder voltar aos tempos em que colocávamos um long play (LP) ou um compacto de vinil no prato da radiola nem sempre para ouvir música.

FONTE: https://gifer.com/

Ver o selo do invento americano de 1948 girando era um prazer à parte.

Tirar o vinil da capa e depois do plástico: outro.

Contemplar os encartes, acompanhar neles as letras das canções (huuum!).

Ouvir aqueles chuviscos que o toque da agulha nos sulcos empoeirados costumava gerar. 

Tomar choque elétrico ao manusear o braço do toca-disco (era ruim, mas, era bom!).

Ir para as festas carregando aquela pilha de LPs debaixo do braço, tomando aquele cuidado para não quebrar, arranhar ou empenar os discos.

O grande problema dos discos de vinil era o espaço demandado para guardar os volumes. Mas, a fita K-7 e o CD não resolveram isso a contento, quem fez isso, brilhantemente, foi o MP3.

Em uma mídia de armazenamento simples, como um pendrive de 1Gb, é possível guardar o conteúdo, na mesma qualidade de execução, de aproximadamente 25 álbuns.

No Youtube está sendo postado vídeos apresentando o acervo do Brechó dos Vítor de discos de vinil e capas. Abaixo os links dos vídeos publicados até aqui.

Vídeo 1

Vídeo 2

sábado, 12 de março de 2022

O revolucionário videocassete

Em 1971, a empresa japonesa Sony deu luz a um equipamento de videoteipe que executava conteúdos em vídeo armazenados em cartuchos, ao qual deu o nome de Umatic. Nasceu, então, o videocassete.

Mal sabia a Sony, que esse equipamento iria proporcionar uma revolução nos hábitos das pessoas que buscavam entretenimento indo ao cinema ou vendo televisão.

Assim como visionários tipo Bill Gates e Steve Jobs fizeram mais tarde com o computador, a Sony levou para dentro dos lares as salas de exibição de cinema e as de programação das emissoras de televisão.

Logo que o aparelho se popularizou, os primeiros a sentirem seu efeito foram os cinemas.

Em vez de irem à eles ver filmes, o público passou a ir às locadoras de fitas VHS ou Betamax para com seus cartões de locadora alugar fitas para ver em casa por um ou dois dias.

No início veriam muito depois de terem sido os filmes exibidos nos cinemas, assim como já era ver através das emissoras de TV, mas isso já prenunciava que no futuro estes seriam produzidos para serem apresentados diretamente em uma mídia de uso pessoal.

Depois foi a vez da televisão sentir o baque. No que se referia a películas cinematográficas, as sessões de cinema das emissoras perderam audiência para o videocassete em pouco tempo. A TV viu cifras caírem como o cinema viu bilheterias, pois, os patrocinadores migraram seus anúncios para o interior das mídias VHS ou para suas embalagens.

Mas, o pior para as TV não foi isso. Foi, sim, a perda do monopólio de horários e imposição de programação para o telespectador assistir, originada com o advento das fitas virgens.

O telespectador passou a poder ver um televisivo no horário em que era exibido, enquanto gravava a exibição de uma das emissoras concorrentes para ver noutro horário, podendo, ainda, avançar a fita quando as propagandas entrassem.

Programas que iam ao ar nas madrugadas viravam programação da tarde, graças à liberdade que o aparelho dava para programar gravações. O efeito zumbi aos poucos deixou de ser visto no aficcionado por televisão.

E se o público era obrigado a ver o que as emissoras programavam para ele ver, muitas vezes respeitando contratos de patrocinadores com intúito comercial a fim de vender produtos espúrios ou grupos políticos interessados em moldagem de opinião ou engenharia social, essa imposição caiu por terra, pois, em seus momentos de ócio em casa ele deixou de ser refém da frase "deixe eu ver o que tem na TV". Os telejornais perderam força no sentido de desinformar a massa.

As façanhas que inerentemente o videocassete – ou VCR – herdou ficaram para serem cumpridas por seus sucessores – videolaser, DVD, Blue-ray –, os quais não tiveram vida longa, mas, passaram o bastão para a atual plataforma de stream vídeo, que vem desempenhando preocupantemente, para alguns empresários e acionistas, a tarefa, jogando cada vez mais para a extinção as duas primeiras vítimas do videocassete: o cinema e a televisão.

Veja no Youtube a matéria em vídeo e conheça o acervo de VHS do Brechó dos Vítor:

Vídeo 1: Apresentação

Vídeo 2: Acervo Brechó dos Vítor

Vídeo 3: Matéria sobre videocassetes da Philco.

quarta-feira, 9 de março de 2022

Estilo de vida a la brechó: independência de comportamento

Não seja apenas um tijolo no muro!

Que tal assumir a atitude de sempre adquirir produtos e serviços consultando apenas a si próprio, verificando as necessidades que possui ou os desejos que você mesmo concebeu para si? Escolher o estabelecimento onde quer consumir — preferencialmente onde você perceberá reciprocidade de benefícios, como o comércio da região onde mora — e idem a marca? Você decide; ninguém lhe dá pitaco!

Comprar uma roupa pelo fato de tê-la visto numa vitrine e gostado dela? Ou um disco por ter uma música te agradado ao ouvi-la? Ou um biscoito cujo aroma o assediou quando você passou em frente a uma padaria?

O adepto ao estilo de vida a la brechó não reverencia propaganda, moda, Mídia. Não se curva à impérios ou a "ways of life" (jeitos de viver) impostos. Não se deixa escravizar pelos marqueteiros de comportamento. Não permite ser transformado em marionete do sistema comercial ou do estado oculto que toma todas as decisões para os indivíduos.

Além de irreverente, é niilista, iconoclasta, arreligioso. Ele não ufana e sempre busca reciprocidade. Segue bem os lemas: "Se não cooperas comigo, não coopero contigo" e "faça você mesmo". E esse faça você mesmo inclui constituir as próprias crenças e a própria Ciência.

Por que seguir alguém no Twitter que não te segue também? Por que reagir à publicação de alguém no Facebook que não reage às suas? 

Para quê ter perfil em rede social se essas redes só dão visibilidade a você de acordo com o interesse delas? Às vezes, tudo o que você publica nessas redes parece incomodar, vão de encontro à opinião que elas trabalham, que são pagas para trabalhar.

Daí, te podam, te castram a liberdade de opinião, não deixam que outros a conheçam. E ainda fazem manobras para você pensar que a falta de visualização ou de visitação a um post seu se explica por ter você escolhido um tema impopular ou uma adesão malquista. Tipo te dizem: "reveja seus conceitos, consulte nossos templates".

Tem hora que o problema é que você pode ficar popular, influenciar pessoas e se dar muito bem tendo elas oferecido o palco sem que você tenha destinado à elas qualquer quantia. Por que não confiar em você e te dar a chance de as recompensar se isso se suceder, não é mesmo?

Para quê comprar o disco, o livro, a arte de alguém que não compra o seu trabalho? Para quê dar audiência a programas de televisão ou de rádio, revistas e sites que só querem a sua atenção aos anúncios que serão exibidos pra você? Veja quem te vê; ouça quem te ouve; visite quem te visita. Exija recíproca, via dupla!

Para quê clicar em links, dar page views? Na minha pesquisa, a maioria esmagadora dos conteúdos pós cliques são fúteis ou enganadores, mal intencionados, não acrescentam nada na vida de ninguém. Podem é danificar. E não há reciprocidade de quem é visitado se você solicitar o mesmo.

Para quê ir à eventos artísticos ou empresariais? Para quê fazer turismo ou cursos só porque interessadas em te explorar as indústrias, as elites burguesas e as oligarquias colocam em sua cabeça que você deveria? São os filhos ou os tutelados dessa gente que posam pra você transformar em famoso e rico ou mais rico.

Para quê ocupar o tempo com o dia a dia de uma agremiação esportiva? Pior: de uma, assim chamada, celebridade, de um reality show, telenovela ou qualquer outro televisivo? Para quê falar inglês ou ter um bom domínio do idioma pátrio? Por que ambicionar trabalhar em certas profissões valorizadas e se sentir inferior por operar em outras que desprestigiam?

O que muitas vezes, para pôr-lhe um cabresto ou obscuramente planificar o trabalho e a economia, o deep state escolheu pra você e você acha que foi o que apareceu ou o que você mesmo escolheu. 

Para quê votar em qualquer político que seja? Dar à eles mamatas para cuidarem dos interesses dos magnatas do Estabelecimento; pra te apavorar, adoecer e até matar usando o artifício de uma pandemia montada enquanto praticam corrupção de toda sorte; pra se achar no direito de te meter no front de batalha de uma guerra que visa ajustar os interesses do Capital ou da soberba de Estados ou de famílias poderosas.

Pra que consumir produto de uma empresa que não te traz benefício algum e que às vezes sequer te dá oportunidade de se empregar nela? Quando empregado, não te paga um salário justo ou não te permite ascender de cargo.

Você não é de fato melhor do que ninguém só porque segue as receitas de bolo que os canais de assédio desses grupos espalham para as pessoas inocentemente absorverem. 

Aliás, ninguém tem que ser melhor do que ninguém. A ideia de superioridade, de status quo privilegiado, foi idealizada pelos mesmos que já estão inseridos no tal status. E tudo que eles querem é que você almeje esse status, mas que jamais o alcance.

E fazem por onde isso acontecer. Inteiramente com a sua ajuda ao sujeitar-se aos mecanismos de idolatria, de comunicação, de obtenção de informação e entretetenimento e os de adesão, que você considera idôneo e não acha que espionam e manipulam você. Ou você os boicota ou é dominado por eles e entregue aos leões. Manter sonhos de pequeno burguês só os favorecem.

A indústria e os gestores de sociedades têm que rebolar muito pra pegar o adepto ao estilo de vida a la brechó com uso de seus estratagemas civilizatórios. Ele não é inocente, é literato (lê muito), não acredita na imprensa, tem gosto refinado e não se conforma em ser apenas um reles contribuinte.

Faz uso da moeda "te dou se você me der também". Sabe tirar proveito e exige a implantação do liberalismo no trabalho e na economia, além da intervenção mínima do Estado na sociedade.

Esse sujeito segue na risca a legislação que se aplica a ele. O Sistema se quiser calá-lo ou obrigá-lo a andar em sua linha tem que manobrar incriminação mediante artifícios ou acusações falsas.

As elites que portam famas e riquezas ou decidem quem será famoso e quem será rico não têm poder sobre esse sujeito, que sobretudo não é ambicioso e nem materialista. É ciente de que está no mundo para contemplar a existência, gozar de bem-estar e de que não tem que pagar preço algum pra ter ou fazer essas coisas. Principalmente para quem não é o responsável por tê-lo feito vir ao mundo. Há muito tempo que esse cara saiu do curral.

E aquilo que for artificial, ele só se interessa se vir alguma vantagem em aderir e mesmo assim, sem se deixar ser escravizado. Esse é o conceito de ser independente ao se comportar perante a sociedade.

terça-feira, 8 de março de 2022

Estilo de vida a la brechó: Mindfullness — A nova consciência

‎"Poucos são os que vivem no presente: a maioria se prepara para viver mais tarde." — Jonathan Swift

Qualquer que seja a época, o motivo de os seres vivos virem ao mundo material — ou se preferir: ao planeta Terra — é experimentá-lo, viver experiências de bem-estar do meio físico e psicológico só possíveis estando encarnado.

Para o ser humano, essas experiências de bem-estar são proporcionadas pelas interações que fazem entre si e com o meio-ambiente. 

As estamos realizando quando nos concentramos na respiração, quando meditamos, quando participando de algum evento social, praticando esporte ou aventura, viajando, comendo gostosuras, bebendo bebidas recreativas, orando, fazendo sexo.

Tudo isso com atenção plena (mindfullness) no momento em que a experimentação se dá.

Há, sim, quem o trabalho proporciona prazer. E de igual modo, quem se apraz ao gastar ou acumular dinheiro ou riquezas; quem ao acariciar animais ou plantas; quem procura contato com coisas antigas para desfrutar do sentimento de nostalgia.

É bom lembrar que nostalgia é diferente de saudade. Saudade é um sentimento negativo, deve ser evitado, uma vez que prende a pessoa ao passado, de forma a lhe deixar aflita devido à incapacidade de fazer voltar tal época. Nostalgia é uma força proporcionadora de bem-estar poderosa, que o indivíduo pode usar para, inclusive, moldar o seu presente.

A nova consciência exige que seja notado e admitido que só precisamos para ser feliz e saudável estar a sentir bem-estar. E tudo do que foi listado para se estabelecer esse estado de espírito está ao alcance de todos nós, sendo gratuíta a maioria dos itens.

Assimilar que procedimentos que não foram listados são necessários à essa condição é corromper as próprias chances de ser feliz e saudável e se pôr nas mãos de outros, permitindo que eles determinem como será a vida de quem lhe dá as rédeas.

E outro axioma dessa doutrina é viver inteiramente no presente, usufruindo de cada instante vivido e só lidando e crendo naquilo que está acontecendo. Quando vivemos no passado, perdemos o trem da história porque estamos com o foco no que não está acontecendo na realidade material, embora esteja na realidade que a memória constrói, mas, costuma-se tratar como recordação apenas e se entrar no status de angústia. Somos o que sentimos.

Um exemplo disso é quando tomamos conhecimento através de jornais, rádio ou televisão de um fato e damos total importância a ele. Ou seja: para nós, é um fato que não está acontecendo, a não ser que estejamos inseridos nele. E o que a imprensa informa, ainda que ao vivo, já é passado. Os jornais sempre reportam o que já aconteceu.

Verifique por você mesmo: até você pronunciar sobre algo que presencia, a parte pronunciada já aconteceu. Que nem é com a luz das estrelas. Quanto mais se tivermos que transmitir por meio de algum equipamento de transmissão ou, pior ainda, por meio impresso.

Certo dia, no parque, um amigo veio ao meu encontro desabafar.

— Eu quero sumir.— Ele disse, enquanto eu jogava comida para os patos.

— Fugir da rotina, quebrar as regras, ver as belezas do mundo, ficar sozinho.

— E o que te impede? — Perguntei voltando meu olhar a ele.

— Eu.

(Diálogo anônimo)

segunda-feira, 7 de março de 2022

Estilo de vida a la brechó: Medicina

Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio
(Hipócrates — pai da medicina)

No quintal de todo adepto ao estilo de vida a la brechó tem uma farmácia, a qual leva o nome de horta.

Se curar de doenças usando os elementos da natureza — como infusões de raízes e folhas de plantas; ingestão de minerais revertidos a pó; inalação ou aspiração de chás (pajelança) — era o procedimento padrão até aparecer a medicina, há mais de 2500 anos.

A indústria médica-hospitalar-farmacêutica veio substituir esses curandeirismos. No primeiro momento, sem qualquer acusação de ser apenas uma prática de exploração comercial de negócios e de criação de empregos e profissões.

Mas, quando o conhecimento de que os remédios alopáticos apenas aliviam sintomas ou quando realmente curam um órgão eles ocasionam problemas em outros se tornou popular, a busca pela homeopatia e pela medicina holística entrou em vigor.

A homeopatia consiste da adoção de elixires, cápsulas e substâncias in natura obtidos majoritariamente de plantas.

A medicina holística envolve submissão à frequências sonoras e à ressonâncias harmônicas, à aromas, à cores, ao contato com solo natural, massagens, banhos de mar, de sol e de lua, ioga, mesmerismo e outras práticas. Envolve também exercícios físicos, exercícios respiratórios, alongamentos, meditação.

sábado, 5 de março de 2022

Estilo de vida a la brechó: Alimentação

Como não poderia deixar de ser, o lema que adota o adepto ao estilo de vida a la brechó com relação à alimentação é o "descasque mais, desembale menos".

Kit hipertensão, conforme o site Diabetes self management

A comida e bebida industrializada é bastante corrompida para atender o mercadologismo na produção. Os mercadologistas pensam em tudo que se pode fazer para tornar a produção de um produto mais barata e o mesmo mais atraente ao consumidor, sobretudo através do sabor. Com isso a saúde também vai para o saco (de rabecão).

Organic food, de acordo com o site Natural-food.asia

Alimentação orgânica é o que adotou o homem e os animais domésticos e de produção desde seus surgimentos. Significa buscar na natureza o que comer e beber. Tudo feito por ela, que é quem realmente sabe como funciona o corpo humano e dos outros seres vivos e quem realmente se importa com a saúde deles. E é o que volta a adotar, exclusivamente o consumidor 3.0.

Alimento orgânico são os legumes, verduras e frutas encontrados in natura, colhidos em hortas e pomares ou em ambientes silvestres.

São os ovos botados por aves criadas fora das granjas, onde recebem as aves bastante químicos para se obter, entre outras coisas, rápida prontidão para o abate.

E de igual forma, criado o gado em sistemas de pecuária extensiva, a carne bovina, a suína e a avina.

O leite tem o consumo combatido pela ideologia. Somente o homem beberia leite de outro animal e por mais do que o tempo necessário para desamamento. Mas, aqueles que preferem continuar a consumí-lo podem fazê-lo, recebendo, no entanto, o leite de animais criados em sistemas não industriais.

Preferencialmente livremente pescada, fora de criatórios e dos famigerados "pesque e pague", a carne piscina (de peixes).

Beber água direto das fontes que não sofrem adição de elementos químicos (como cloro, flúor) que dizem purificar e adequar a água para o consumo ou extrair de frutas o suco, sem aditivar nada, são as condutas ao que se refere ao aniquilamento da sede ou ao desejo de refrescar-se com bebidas recreativas.

O sal e o açúcar devem ser absorvidos diretamente do alimento, sendo que a adição de elementos de tempero é permitida. O sal apropriado é o marinho integral (sem refinamento); o açúcar orgânico, no máximo: mascavo; e os condimentos - como coentro, orégano, alho, açafrão, colorífico (semente de urucuzeiro) - basta tirá-los dos ramos ou das raízes das plantas.

A adoção dessa volta aos tempos antigos, quando vários desses hábitos foram combatidos para gerar a substituição de consumo que culminou nos problemas salutares e econômicos que experimentamos hoje, soa como involução ou retrocesso social, mas, pode ser vista como reparo de uma evolução que não foi assertiva.

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