Arquivo do blog

quarta-feira, 9 de março de 2022

Estilo de vida a la brechó: independência de comportamento

Não seja apenas um tijolo no muro!

Que tal assumir a atitude de sempre adquirir produtos e serviços consultando apenas a si próprio, verificando as necessidades que possui ou os desejos que você mesmo concebeu para si? Escolher o estabelecimento onde quer consumir — preferencialmente onde você perceberá reciprocidade de benefícios, como o comércio da região onde mora — e idem a marca? Você decide; ninguém lhe dá pitaco!

Comprar uma roupa pelo fato de tê-la visto numa vitrine e gostado dela? Ou um disco por ter uma música te agradado ao ouvi-la? Ou um biscoito cujo aroma o assediou quando você passou em frente a uma padaria?

O adepto ao estilo de vida a la brechó não reverencia propaganda, moda, Mídia. Não se curva à impérios ou a "ways of life" (jeitos de viver) impostos. Não se deixa escravizar pelos marqueteiros de comportamento. Não permite ser transformado em marionete do sistema comercial ou do estado oculto que toma todas as decisões para os indivíduos.

Além de irreverente, é niilista, iconoclasta, arreligioso. Ele não ufana e sempre busca reciprocidade. Segue bem os lemas: "Se não cooperas comigo, não coopero contigo" e "faça você mesmo". E esse faça você mesmo inclui constituir as próprias crenças e a própria Ciência.

Por que seguir alguém no Twitter que não te segue também? Por que reagir à publicação de alguém no Facebook que não reage às suas? 

Para quê ter perfil em rede social se essas redes só dão visibilidade a você de acordo com o interesse delas? Às vezes, tudo o que você publica nessas redes parece incomodar, vão de encontro à opinião que elas trabalham, que são pagas para trabalhar.

Daí, te podam, te castram a liberdade de opinião, não deixam que outros a conheçam. E ainda fazem manobras para você pensar que a falta de visualização ou de visitação a um post seu se explica por ter você escolhido um tema impopular ou uma adesão malquista. Tipo te dizem: "reveja seus conceitos, consulte nossos templates".

Tem hora que o problema é que você pode ficar popular, influenciar pessoas e se dar muito bem tendo elas oferecido o palco sem que você tenha destinado à elas qualquer quantia. Por que não confiar em você e te dar a chance de as recompensar se isso se suceder, não é mesmo?

Para quê comprar o disco, o livro, a arte de alguém que não compra o seu trabalho? Para quê dar audiência a programas de televisão ou de rádio, revistas e sites que só querem a sua atenção aos anúncios que serão exibidos pra você? Veja quem te vê; ouça quem te ouve; visite quem te visita. Exija recíproca, via dupla!

Para quê clicar em links, dar page views? Na minha pesquisa, a maioria esmagadora dos conteúdos pós cliques são fúteis ou enganadores, mal intencionados, não acrescentam nada na vida de ninguém. Podem é danificar. E não há reciprocidade de quem é visitado se você solicitar o mesmo.

Para quê ir à eventos artísticos ou empresariais? Para quê fazer turismo ou cursos só porque interessadas em te explorar as indústrias, as elites burguesas e as oligarquias colocam em sua cabeça que você deveria? São os filhos ou os tutelados dessa gente que posam pra você transformar em famoso e rico ou mais rico.

Para quê ocupar o tempo com o dia a dia de uma agremiação esportiva? Pior: de uma, assim chamada, celebridade, de um reality show, telenovela ou qualquer outro televisivo? Para quê falar inglês ou ter um bom domínio do idioma pátrio? Por que ambicionar trabalhar em certas profissões valorizadas e se sentir inferior por operar em outras que desprestigiam?

O que muitas vezes, para pôr-lhe um cabresto ou obscuramente planificar o trabalho e a economia, o deep state escolheu pra você e você acha que foi o que apareceu ou o que você mesmo escolheu. 

Para quê votar em qualquer político que seja? Dar à eles mamatas para cuidarem dos interesses dos magnatas do Estabelecimento; pra te apavorar, adoecer e até matar usando o artifício de uma pandemia montada enquanto praticam corrupção de toda sorte; pra se achar no direito de te meter no front de batalha de uma guerra que visa ajustar os interesses do Capital ou da soberba de Estados ou de famílias poderosas.

Pra que consumir produto de uma empresa que não te traz benefício algum e que às vezes sequer te dá oportunidade de se empregar nela? Quando empregado, não te paga um salário justo ou não te permite ascender de cargo.

Você não é de fato melhor do que ninguém só porque segue as receitas de bolo que os canais de assédio desses grupos espalham para as pessoas inocentemente absorverem. 

Aliás, ninguém tem que ser melhor do que ninguém. A ideia de superioridade, de status quo privilegiado, foi idealizada pelos mesmos que já estão inseridos no tal status. E tudo que eles querem é que você almeje esse status, mas que jamais o alcance.

E fazem por onde isso acontecer. Inteiramente com a sua ajuda ao sujeitar-se aos mecanismos de idolatria, de comunicação, de obtenção de informação e entretetenimento e os de adesão, que você considera idôneo e não acha que espionam e manipulam você. Ou você os boicota ou é dominado por eles e entregue aos leões. Manter sonhos de pequeno burguês só os favorecem.

A indústria e os gestores de sociedades têm que rebolar muito pra pegar o adepto ao estilo de vida a la brechó com uso de seus estratagemas civilizatórios. Ele não é inocente, é literato (lê muito), não acredita na imprensa, tem gosto refinado e não se conforma em ser apenas um reles contribuinte.

Faz uso da moeda "te dou se você me der também". Sabe tirar proveito e exige a implantação do liberalismo no trabalho e na economia, além da intervenção mínima do Estado na sociedade.

Esse sujeito segue na risca a legislação que se aplica a ele. O Sistema se quiser calá-lo ou obrigá-lo a andar em sua linha tem que manobrar incriminação mediante artifícios ou acusações falsas.

As elites que portam famas e riquezas ou decidem quem será famoso e quem será rico não têm poder sobre esse sujeito, que sobretudo não é ambicioso e nem materialista. É ciente de que está no mundo para contemplar a existência, gozar de bem-estar e de que não tem que pagar preço algum pra ter ou fazer essas coisas. Principalmente para quem não é o responsável por tê-lo feito vir ao mundo. Há muito tempo que esse cara saiu do curral.

E aquilo que for artificial, ele só se interessa se vir alguma vantagem em aderir e mesmo assim, sem se deixar ser escravizado. Esse é o conceito de ser independente ao se comportar perante a sociedade.

Um comentário:

Pesquisar este blog

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *