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quinta-feira, 3 de março de 2022

Estilo de vida a la brechó: Permacultura

Seja a sua comida o seu remédio e a sua alegria, o seu bem-estar!

Bons tempos aqueles em que era comum as casas possuírem uma horta, um pomar, cisterna, fossa séptica. Praticava-se a agricultura de subsistência e realizava-se muita catira - troca de cultivos. Assim era possível enfrentar com os pés nas costas as dificuldades econômicas se elas viessem.

Muitas das verduras e legumes que iam compor o almoço ou o jantar era tirado dos canteiros repletos de pés de couve, salsinha, cebolinha, alface, taioba, tomate, chuchu, uropunobre.

Do fundo do quintal, frutas vinham de pequenos pomares: limão, laranja da terra, manga, banana, abacate, jambo, romã, goiaba, amora, ameixa, acerola, pêssego.

Do ínfimo canavial, depois de passar pelas engenhocas, a cana-de-açúcar virava açúcar mascavo ou garapa, que é um excelente refrigerante natural.

A água era tirada de dentro de cisternas. Batia-se o "perigoso" sarilho para puxar os baldes carregados de água ou operava-se bomba d'água elétrica para puxá-los.

Esterco de aves e de suínos, cascas e restos de frutas, legumes e verduras e capinas se juntavam à fuligem encrostada na chaminé dos fogões à lenha, precursora do extrato pirolenhoso, e viravam adubo.

Como o foco era a alimentação humana e de animais domésticos e ou de produção, era usado descriteriosamente defensivos agrícolas nocivos à natureza, como o eficiente pesticida DDT (diclorodifeniltricloroetano), que a longo prazo, hoje se sabe, é mais prejudicial do que benéfico.

Mas, veio o pensamento biofílico, que prega o amor por tudo o que é vivo. E para compatibilizar a agricultura com o respeito aos ecossistemas, apareceu a permacultura, termo que significa “cultura permanente". Os agrotóxicos tiveram que dar passagem para os mais eficientes ainda defensivos naturais.

Unindo o conhecimento tradicional e a ciência moderna, a permacultura propicia utilizar a terra para extrair dela a produção necessária, sem agredir o meio-ambiente. Age de uma forma que o sistema está sempre se renovando sustentavelmente, por isso não sofre desgate climático ou biológico.

Mesmo nos pequenos terrenos é possível usar a prática até mesmo para lucrar com algum cultivo. Técnica como a hidroponia - cultivo suspenso - é utilizada para proporcionar o aproveitamento do terreiro.


A se valer dessa filosofia de vida, as ecovilas, como a comunidade Findhorn no norte da Escócia, vão surgindo e fazendo as pessoas migrarem-se para elas, a fim de viver com mais qualidade e espiritualmente correto.

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